Candomblé não é uma religião de multidão


Candomblé não é uma religião de multidão, não é uma religião disposta a atrair fiéis na esquina, pois é vivida no seu ambiente muito particular. 
Uma roça é praticamente um mundo paralelo, as sensações são diferentes, as personalidades são diferentes, os laços, assim como os conflitos. Aprendemos como nos portar dentro e fora do nosso templo.
Muitas coisas não têm explicação, muitos acontecimentos fogem das nossas rédeas, o orixá se faz presente de uma maneira que surpreende a todos, apontam caminhos, criam laços, dão conselhos, nos freiam, nos dão a sacudida necessária, limpam as mágoas e abrem os nossos olhos para vermos além. Ninguém fica de verdade por causa de roupas bonitas, por causa de vaidade, por brincadeira, por laço afetivo ou somente por obrigação. Fica quem é disposto a soltar as rédeas, fica quem é disposto a por o ego abaixo do orixá, fica quem se permite sentir o orixá de verdade.
A vida em um terreiro é uma lição de ética, moral e comportamento. Entretanto, mesmos nas casas mais tradicionais ainda há uma linha de pensamento na qual o próprio sacerdote diz: “não me interessa o que aquela pessoa faz do portão para foram, mas sim do portão para dentro”. Lamento, mas importa sim o que a pessoa faz em qualquer lugar e em qualquer hora do dia.
A prudência é um tema recorrente em provérbios yorùbá. Aqui está o aviso contra o engano: " As pegadas dos maus não são diferentes das pegadas dos sábios". Isto sugere que uma pessoa não pode confiar na aparência de alguém cujo caráter parece ser perfeito. Mesmo os rastros de suas ações podem não ser suficientes para determinar a sua verdadeira natureza.  A ressalva neste provérbio é olhar além das aparências exteriores em matéria de confiança.

Creditos; facebook  Toluaye jose antonio.
Uma boa semana a todos!

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